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DESFRALDAMENTO PARA INICIANTES

Não é de estranhar que você não veja a hora de seu filho largar logo as fraldas. Afinal vai parecer um sonho não precisar mais trocar fralda a toda hora, sem contar a economia! 

Mas você sabe quanto tempo demora o processo todo do desfraldamento? 

É verdade que para algumas crianças o problema todo se resolve em poucos dias. Porém, para a maioria, é um aprendizado que pode levar meses. 

As chances de sucesso serão muito maiores se a família toda estiver bem informada e deixar bem claro para a criança o que vai acontecer. 

1 -TENHA CERTEZA DE UQE A CRIANÇA ESTÁ PRONTA

Existe uma ideia mais ou menos generalizada de que a idade certa para tirar a fralda da criança é por volta dos 2 anos. 

Mas cada pessoa é diferente e, assim como elas aprendem a andar em momentos distintos, a hora ideal para aprender a fazer xixi e cocô no penico ou na privada pode variar muito. 

Há algumas crianças que só ficam realmente preparadas para iniciar o desfraldamento quando têm mais de 3 anos. 

Se achar que seu filho não está pronto, resista à pressão da família, ou então faça uma tentativa sabendo que é provável que tenha de voltar atrás antes que o estresse se instale. 

2 - PROVIDENCIE OS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

Não é nada muito complicado: arranje um penico ou um adaptador para o vaso sanitário (uma espécie de anel que evita que a criança "caia" dentro da privada). 

Talvez seja melhor começar com o penico: com os pés apoiados no chão, a criança vai ter mais facilidade para fazer força na hora de fazer cocô. 

Um livrinho sobre o assunto pode ajudar, mas não é essencial. 

3 - DEIXE SEU FILHO SE ACOSTUMAR AO PENICO

Para começar, acostume seu filho a se sentar no penico uma vez por dia, mesmo que ainda sem tirar a roupa. Escolha um momento em que ele costuma fazer cocô -- depois do café da manhã, depois do almoço ou antes do banho. 

Se ele não quiser se sentar, deixe estar. Nunca force a criança a sentar no penico, nem a segure. E não force a barra se seu filho estiver assustado. As consequências no futuro podem ser bem ruins, principalmente por causa da prisão de ventre

Caso a criança resista a se interessar pelo desfraldamento, o melhor é esquecer o assunto por algumas semanas, e depois fazer uma nova tentativa. Nessa fase, não precisa nem explicar muito para que serve o penico. O objetivo é só acostumá-la ao objeto. 

4 - SENTE-O NO PENICO SEM A FRALDA

Depois da fase de acostumar a criança a sentar no penico, sua meta vai ser convencê-la a sentar sem a fralda. Segure a ansiedade e deixe que ela só se sente ali, para ver como é. 

E comece a explicar direitinho o que é isso que a mamãe e o papai fazem todo dia: sentam lá (no vaso sanitário, no caso de vocês) para fazer as necessidades. 

Se seu filho captar logo a ideia e já fizer alguma coisa, ótimo! Mas não o force a conseguir. É importante que o interesse no processo seja dele, não seu. 

5 - EXPLIQUE O PROCESSO

Uma boa ideia é mostrar para a criança para onde o cocô vai. Quando ele fizer cocô na fralda, leve a fralda suja até o penico e ponha o cocô ali, para mostrar onde é o lugar certo. 

Depois, esvazie o penico jogando as fezes no vaso sanitário, e dê ao seu filho o privilégio de ajudar a apertar a descarga (só se ele quiser -- há crianças que têm medo). 

Mostre também que depois é preciso se limpar, vestir a roupa de novo e lavar as mãos

6 - INCENTIVE SEU FILHO

Estimule a criança a usar o penico sempre que tiver vontade de fazer xixi ou cocô. Deixe bem claro que basta chamar que você poderá levá-la ao banheiro. 

Se der, aproveite uma época de calor, que é mais favorável para o processo, e deixe-a circular pelada, com o penico bem à vista. 

Diga a seu filho que ele pode usar o penico quando quiser, e o lembre de vez em quando. 

Mas preste atenção: não adianta ficar levando a criança de hora em hora ao banheiro. Você precisa ensiná-la a pedir. Senão, na primeira oportunidade em que você esquecer de levá-la, ou estiver fazendo outra coisa, o xixi vai escapar na roupa mesmo. 

A comunicação e o controle do esfíncter (que variam, dependendo da maturidade de cada criança) são fundamentais para o processo de desfraldamento. 

7 - CAPRICHE NA CUECA E NA CALCINHA

Cuecas e calcinhas de personagens ou com desenhos fazem sucesso. Mostre ao seu filho como ele é grande e importante por já usar cueca (ou calcinha, no caso de meninas). 

Mas você não precisa usar a roupa de baixo bonitinha e cara o tempo todo. Arranje também umas bem baratinhas, porque os acidentes serão inevitáveis e as trocas, bem frequentes. 

Existem também fraldas de treinamento, as chamadas pull-ups. A vantagem é que elas funcionam como fraldas, mas são vestidas como uma calcinha ou cueca, portanto dá para a criança abaixar e levantar sozinha, se quiser ir ao banheiro. Muito mais fácil que abrir e fechar a fralda. 

O inconveniente é que elas são mais caras. Uma alternativa é ter um pacote só para sair, quando você não pode arriscar uma escapada de xixi ou cocô. 

8 - TENHA MUITA CALMA NA HORA DOS ACIDENTES

As escapadas e acidentes acontecem com praticamente todas as crianças, não tem jeito. É difícil manter a calma, mas se esforce para não perder o controle. 

Não vale a pena castigar ou punir a criança pela escapada. Os músculos dela estão ainda aprendendo e treinando o controle das fezes e da urina, e o processo leva algum tempo. 

Quando acontecer o acidente, limpe tudo com tranquilidade e só diga ao seu filho que, da próxima vez, vai ser mais legal se ele usar o peniquinho. 

Caso os acidentes fiquem muito frequentes, tenha a sabedoria de voltar atrás sem medo ou vergonha. É possível que o organismo do seu filho ainda não esteja preparado, e é melhor voltar a tentar daí a alguns meses. 

9 - COMECE A FAZER O DESFRALDAMENTO NOTURNO

... Mas só quando a criança estiver preparada! Pode demorar -- anos até! O organismo da criança demora bastante para ser capaz de despertá-la se for necessário fazer xixi no meio da noite. 

O que você pode fazer é tentar diminuir a quantidade de líquido que seu filho toma antes de dormir, e dizer a ele que chame você se precisar ir ao banheiro durante a noite. 

Só se aventure a tirar a fralda noturna quando, por diversas noites seguidas, a fralda tiver amanhecido completamente seca. 

E saiba que, mesmo que tudo dê certo, um xixi na cama ou outro faz parte da infância. 

10 - PARABÉNS, VOCÊ CONSEGUIU!

Acredite. Por mais que demore, seu filho vai aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo. E aí você não vai precisar trocar fraldas por um bom tempo -- bom, pelo menos até o próximo bebê, ou quem sabe o netinho... 

 

 NÓ DE CARINHO

“Um pai, numa reunião de pais, explicou, com seu jeito humilde, que não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana. Quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.

 Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

 A diretora  ficou emocionada e surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros.

 Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

 Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas que esquecemos o principal: a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que eles saibam, que elas sintam isso. Para que haja comunicação, é preciso que as pessoas “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

 É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro...

 As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor.

 Mesmo que esse gesto seja apenas um nó...”

5 dicas para ajudar seu filho na entrada do 6º ano

 

Mais professores, novas disciplinas, conteúdos mais complexos e aprofundados e, para alguns, uma nova escola. Tudo isso somado à entrada na adolescência. A passagem para o 6º ano do Ensino Fundamental II é marcada por uma série de mudanças que irão representar um saudável desafio para o aluno. E os pais precisam assumir o papel de coadjuvantes importantes, que sugerem, dão exemplos e apoiam em um caminho de conquista de autonomia.

"Estas novidades não devem ser entendidas como um problema", alerta Marisa Faermann Eizirik, psicóloga, Doutora em Educação pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). "Ao contrário, este é um período em que a criança desenvolverá habilidades importantes para vida adulta, como lidar com as diferenças, organizar prioridades, fazer escolhas e muitas outras. Os pais devem saborear estas conquistas".

O ponto principal é encontrar equilíbrio entre dar autonomia e, ao mesmo tempo, estar por perto e acompanhar a vida escolar. Professores comentam que até mães bastante atuantes no Ensino Fundamental I costumam "sumir" com a passagem para o 6º ano, o que é um erro. Os pais devem participar das reuniões, conhecer os professores e perguntar para a criança, com real interesse e disposição para ouvir, como foi a aula, o que foi ensinado e o que ela achou de mais interessante em seu

Para estar pronto para ajudar, veja quais são os principais ritos de passagem pelos quais o aluno do 6º ano passa e como os pais podem cooperar para que a transição seja a melhor possível:

1. Perder a professora de referência

Algumas crianças podem sentir certa confusão e até mesmo desamparo com a perda da figura maternal (ou paternal) representada pela professora principal que o acompanhava diariamente e, com isso, trazia um conhecimento mútuo mais aprofundado. "Os pais devem passar confiança para a criança e reforçar que isso mostra que ela evoluiu em sua carreira escolar, que está mais madura e que, com tranquilidade, verá que consegue superar esta questão", afirma Marisa Faermann Eizirik, psicóloga, Doutora em Educação pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

2. Lidar com o horário de disciplinas e professores diferentes

Se antes a criança tinha de forma clara como era a sequência de disciplinas, agora ela terá de lidar com um horário escolar e deverá organizar-se para isso. Isso significa que ela terá de praticar os hábitos adquiridos no Ensino Fundamental I, sem tropeços :
- trazer o material previsto para cada aula;
- organizar a realização das lições de casa e trabalhos para entregá-los no prazo pedido;
- entender a continuidade dos assuntos, mesmo após alguns dias sem contato com o professor e a matéria;
- se adaptar ao jeito de ensinar de cada professor.
Por tudo isso, especialmente no começo, os pais precisam ajudar na organização do tempo, perguntando para quando são as tarefas e mostrando que apesar do aparente longo prazo para realizá-las, é preciso cuidado para não deixar que elas acumulem. Vale também conferir se a mochila está com os materiais previstos, até que ele se acostume. E é fundamental mostrar que é possível lidar com os diferentes perfis dos professores, da mesma forma como ele faz com os diferentes amigos que tem.

3.Ter contato com conteúdos mais aprofundados No sexto ano são introduzidas novas matérias, com assuntos que ainda não foram vivenciados pelo aluno, o que pode gerar ansiedade. A regra principal é não ampliar o medo da criança com comentários sobre as dificuldades que os próprios pais passaram. Ao contrário, o ideal é mostrar o lado interessante que os novos temas trazem e dar segurança de que ela tem total condição de acompanhar e entender e que deve recorrer sempre ao professor em caso de dúvidas. Outro aspecto é que os conteúdos vistos anteriormente servirão de base para novos aprendizados. Por isso, se o aluno já apresentava dificuldade em alguma matéria do ano anterior, os pais devem conversar com o professor da disciplina sobre como superar isto, como por exemplo, com exercícios de reforço.

 4.Vivenciar a entrada na adolescência

A entrada no sexto ano coincide com a entrada na adolescência. "É o momento em que a criança abre os olhos para outras dimensões do mundo. E a escola deixa de ser o único centro de referência da sua vida, com o surgimento de outros interesses junto aos colegas: baladas, futebol etc.", comenta Silvia Gasparian Colello, Professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). "Esta mudança pode levar à dispersão, pela pluralidade de interesses que se descortinam em múltiplos aspectos da vida, como a sexualidade, a vida social, enfim, instâncias particulares de interesses para além da escola", diz. E isso pode refletir no desempenho escolar.
Nesta fase são bastante comuns alterações bruscas no humor, comportamento e até estilo. Segundo os especialistas, é essencial criar um ambiente de respeito mútuo e espaço para o diálogo.

 5.Um bom exemplo de passagem

"A ideia é a construção de uma relação de proximidade, confiança e durabilidade, indo na contramão da atual sociedade onde tudo é muito rápido e não há tempo para nada. Não  descartamos que imprevistos poderão acontecer, trazendo maiores ou menores desafios dependendo de cada caso, mas com certeza, nossa escola tem estratégias para utilizar ferramentas que ajudarão na adaptação e desenvolvimento do aluno e da sua família"

Disponível em: educarparacrescer.abril.com.br

Texto adaptado por Lourdes Miranda  

   
     

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