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"Os Meninos da Rua Paulo"- Literatura Estrangeira / Romance
Com mais de um milhão de leitores e oitocentas reimpressões só no Brasil, "Os Meninos da Rua Paulo" é o clássico por excelência; pelo caráter universal e pela alta qualidade literária, mantém-se capaz de atingir um vasto público ao longo de décadas. A história dos garotos que defendem o "sagrado grund", um pedaço de terra que serve de palco para as brincadeiras, projetou o húngaro Ferenc Molnár na literatura mundial, tornou-se um best-seller e inspirou cineastas por todo o mundo - das adaptações para o cinema, a mais conhecida é de Zóltan Fábri (1969). Está para nascer uma geração que não se identifique com o espírito de amizade e união presente no livro. Os garotos da Sociedade do Betume tinham duas importantes tarefas: manter o betume - símbolo da sociedade - sempre molhado, por meio da mastigação, e defender o grund, quartel general onde jogavam péla.
Eis que os camisas-vermelhas, desterrados e, consequentemente, impedidos de jogar péla, declaram guerra à Sociedade e decidem tomar-lhe o grund. Do líder Boka ao soldado raso Nemcsek, a Sociedade do Betume se organiza para a grande batalha de Budapeste do começo do século. O que era brincadeira de criança transformou-se num belo retrato da infância. A tradução brasileira é assinada pelo escritor, tradutor e dicionarista Paulo Rónai, grande divulgador da literatura húngara no Brasil. Rónai chegou no Rio de Janeiro em 1941, fugido da guerra, e logo ganhou destaque no meio intelectual brasileiro. Os meninos da rua Paulo "lembra-nos de uma verdade tão central como óbvia: que, nas horas e situações decisivas de suas vidas, os jovens querem mesmo é estar uns com os outros. [...] É entre eles que se firma os vínculos mais vitais e se trocam as emoções mais profundas".
Obs:péla(Antigo jogo, semelhante ao tênis, em que se impelia uma bola com a mão ou com um instrumento)
INSTALAÇÃO: CAIXA TEMÁTICA
ALUSÃO À CAIXA DE PANDORA
O que é Caixa de Pandora:
Caixa de pandora é um mito grego que narra a chegada da primeira mulher a Terra e com ela a origem de todas as tragédias humanas. Na mitologia grega, Pandora foi a primeira mulher criada por Hefesto sob as ordens de Zeus.
Essa história foi contada pelo poeta grego Hesíodo, que viveu no século VIII a.C. De acordo com a obra, o titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefe dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à Terra, entregou-lhe uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta pois dentro dela os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente mais um único dom: a esperança, pode-se ler a história de forma pessimista, pois a esperança está guardada dentro da caixa e a humanidade está sem esperança. Essas duas leituras admitem que a esperança seja algo bom.
Vencida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa liberando todos os males no mundo, mas a fechou antes que a esperança pudesse sair. Essa metáfora foi a maneira encontrada pelos gregos para representar, num enredo de fácil compreensão, conceitos relacionados à natureza feminina, como a beleza, a sensualidade e o poder de dissimulação e de destruição.
9ºANO E. F. Profª: Conceição Oliveira